Muitas vezes vivo o estigma de parecer louca, descompensada, excêntrica. Muito poucos sabem que anestesiaram as mulheres com hormonas falsas. Desde que a menstruação desce que aprendemos que tomar a pílula é bom, que faz bem à pele e que regula as dores. Mas o que faz é retirar acesso aos sinais, às vivências e à sabedoria interna. Retira-nos a essência de sermos mulheres. CÍCLICAS. Há muitos processos emocionais que passamos porque temos a capacidade de sofrer com os problemas do mundo. Esta característica empática que às vezes nos faz chorar sem sabermos porquê. E esse porquê às vezes é só libertação pela água. Destas emoções contidas. De todos. Aos olhos de fora, quando não nos compreendem, imagino que pareça uma instabilidade profunda. Mas só desestabiliza porque se esquecem que nesses momentos não queremos comentários nem mais julgamentos. Queremos apenas um abraço. E passa. É tão difícil ser mulher num momento de transformação em que o masculino desequilibrado está obsoleto e alguns próprios homens questionam o funcionamento do sistema. Somos nós, as mulheres selvagens, essas loucas que se retiraram das amarras que vêem das entranhas mostrar que é possível um empoderamento pelo feminino. Que é possível amar acima de tudo, o outro. Que é possível passar pela dor e opressão de séculos sem que para isso tenhamos que culpar alguém, que por pura inconsciência, nos fez sofrer tanto. E aos homens a quem é exigida a performance e constância desumana, cobram depois às mulheres uma linearidade de sentimentos que não é a nossa função no mundo. Somos soltas! Somos livres. Somos humanas. Somos empáticas e cuidamos do mundo. O nosso equilíbrio é esse mesmo. Entre a chuva e o sol. O dia e a noite. O sorriso e a lágrima. É dessa diversidade de que somos feitas. É desse conjunto que nos sai o propósito e todo o amor que nos vai dentro. Temos a responsabilidade de fazer diferente. De sermos selvagens sem ferir o outro. Mas acima de tudo precisamos de seguir de mãos dadas entre mulheres irmãs despertas e homens entendedores destas coisas do novo mundo. Este mundo equilibradamente mais feminino. Sem extremismos. Apenas com o amor e que é próprio de toda a mulher empoderada na sua doçura e na sua assertividade. Como canal centrado a fazer a ponte entre mundos. Obrigada a todas as mulheres que têm a coragem de serem quem são. Hoje é o nosso dia. ❤️
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