Se nos deixarmos amargar, envelhecemos. Perdemos a força da nossa criança. Tornamo-nos “sérios e responsáveis”, e deixamos para trás os desejos da nossa alma. .
Se nos deixarmos amargar, azedamos. E corroemos por dentro o macio. Passamos a viver com aspereza. E endurecemos ainda mais as nossas peles. .
Se nos deixarmos amargar. Morremos. E deixamos morrer tudo à nossa volta. Perdemos a capacidade de manter os nossos dias viçosos. E cúmplices do que realmente somos. .
Se nos deixarmos amargar, perdemos. A capacidade e a escolha de sermos livres. .
Ora então que adociquemos a alma. Com a decisão de nutrir dentro o que nos é familiar. O que é alimento ao nosso instinto criativo. O que é pão para nossa alma. .
E ser-se doce, é uma grande parte de se ser mulher. De pele macia, de coração bondoso e aberto a receber o outro. Já basta a distância do mundo. As paredes e amarras que nos impõem. Felizes nós que mandamos no nossos próprio mundo interno. Nesse, ninguém pode mexer. Só se deixarmos. .
Então que deixemos entrar as sobremesas da vida. Este amor que se recebe só porque não nos deixamos amargar. Só porque sim. Porque queremos. E deixamos apenas entrar o que nos move e permite ser chão e espaço e amor e colo para mundo. .
Benditas as mulheres que se adoçam. E se permitem ser femininas. E encontram nesse movimento de paladar gostoso. A vida interna que todos desejam ter. E conseguirão, se não se deixarem amargar pela vida.
Doce.
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