São ignorantes os que não sabem ver para além das aparências das etiquetas. Quem se deixa levar por anos de estigmas e correcções triviais do que é e “deveria ser”. A maior ignorância não é dos que não sabem fazer, mas sim dos que não sabem ser apenas assim: Como são. Às vezes dou por mim e observo essa ignorância dentro. Lá no fundo. A tentar passar-se por elegância. Mas dps descubro que elegante é a doçura de quem ama e abre o peito sem limites. Que quem olha lá para a frente e sabe o que quer. De quem se constrói com o que tem e de quem chega onde quer porque se permitiu a romper com o que era. Elegantes são as pessoas verdadeiras e honestas. Aquelas que passaram por uma vida de desafios e sobreviveram à sua própria auto-critica. Elegantes são os que continuam a amolecer em tempos duros e não se submetem mais aos padrões impostos porque sim.
Diselegantes são os ignorantes que passam a vida a reparar nos detalhes errados, e deixam passar o amor por entre os dedos só porque não souberam manter o foco no essencial. Diselegantes são os que não sabem o que está para além da aparência marcada pela vida.
Este povo ensina-me a humildade de se assumir da cidade mais amada do mundo (atrevo-me) e de ter tanto aqui, que pouco mais de fora precisa. Este povo tem um tal amor para viver que não tem como passar a vida sem se apaixonar seriamente pelo que é. A tradição que faz as suas gentes e vice-versa. O pulsar da cultura que se faz presente. A vida sentida por quem a tem. O amor a cada canto. A vida a cada momento de encanto 🍀
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