Não me venham dizer que há maldade no mundo. Eu não acredito nisso. Acredito sim na dor que cega e traz consigo actos inqualificáveis.
Não me venham dizer que não podemos confiar nas pessoas. Podemos sim, se confiarmos totalmente em nós e soubermos passar tanta segurança ao outro que o outro não terá coragem para nos trair.
O amor desmonta, parte em pedaços as carapaças da falsidade de se ser cruel. O amor resume a pó a ilusão do medo. O amor desconstroi tudo o que imaginámos ser possível.
Não me venham dizer que não posso viver sempre em profundidade em mim mesma e que tenho que me adaptar ao outro. Lamento mas não posso fugir da minha própria verdade e trair-me assim. É a mentira de vivermos fora de nós que trás a mágoa ao outro. Ninguém que se encontrou se impõe ao outro. Ninguém que se ame tão profundamente consegue (ou deseja) controlar seja o que for no mundo. Amor gera amor. Simples. Ponto final.
Não há regra universal para para se aprender a amar melhor, mas eu acredito que a humanidade traz essa capacidade. E humanidade implica empatia, abertura ao outro, cuidado e presença. Ora, sejamos humanos para nós mesmos e comecemos o treino para o mundo. Comecemos na nossa prática diária de afectos e logo logo teremos emoções maravilhosas para partilhar.
O mundo precisa de ser amado, precisa desesperadamente de um romance que surja de dentro, dos seus próprios elementos. Precisa de uma história de amor digna de um filme, de tal forma transformadora que traga a luz aos cantos recônditos da sua própria alma. Sim o mundo têm alma. É aquela brisa que voa pelos cabelos e aquela vista que nos encanta e nos faz parar rendidos ao que temos pela frente. A alma do mundo é o mar e o que ele faz mexer através de si mesmo.
Queira o mundo despertar para o que é e para o que será. Que eu mal posso esperar para ver acontecer, o que eu desconfio que há exista, mas ainda não se assumiu como tal 😍
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