Há quem se perca no tumulto da vida sem saber. Na roda que não pára dos dias. Na dieta que não há de informação. Mas só no silencio podemos nós regenerar o coração, as feridas e o corpo.
Ahh este doce silêncio. Esta ausência de ruído. Esta nota nula de comunicação. Uma mente que pára. Nada julga. Tudo observa. Esta suave sensação de privilégio solitário num mundo apinhado de estímulos. Pudesse eu viver assim quase sempre. Falta-me o vazio em dias cheios. Falta-me o pó em dias duros.
E já não sei ser sem este espaço. Entre mim e o mundo. Esta distância que define onde estou e o que quero deixar entrar.
O silêncio perpetua este cuidado interno. Limpa as daninhas e os cardos. E deixa espaço, para a seda entrar.
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