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Foto do escritorBárbara Leão de Carvalho

#day308 – acerca da solidão

Hoje tentava escrever na caravana quando os vizinhos me batem à porta "quer jantar connosco?" uns queridos portanto. Mas no olhar estava a preocupação de me verem sozinha. Que coisa estranha deve ser esta de verem uma "menina bonita" tantas horas sozinha principalmente à hora de jantar.

Pois muito poucos compreendem como funciona a solidão voluntária. Muitos têm medo de estar sozinhos. Muitos se sentem envergonhados pela não companhia que exibem. Pois eu preciso disto. Preciso das minhas longas horas solitárias para escrever para deambular por mim. E o tom introspectivo que fisicamente apresento é porque o texto me esta a fluir. Passo muitas horas a escrever. É uma paixão assumida. Não publico tudo. Muitos vêm tristeza neste momento. Quando para mim, a introspecção é do que tenho de mais precioso em mim.

Sou uma solitária. Filha única até aos 18. Sempre soube entreter-me sozinha. Acho que foi precisamente esta solidão que me encaminhou para as minhas paixões e criações. Que me faz relevantes as pessoas que privam comigo, porque quando estou com alguém é porque é mesmo especial para mim. E só dedico tempo e energia ao que verdadeiramente me importa ou interessa. Não faço fretes.

Admiro os sociais. Os que passam horas no café a "jogar conversa fora". Eu passo horas a escavar profundidade dentro. São perfis diferentes.

É com ternura que respondo "já jantei obrigada" mas mais me apetece dizer "não me sinto sozinha não se preocupe", mas acho que os vizinhos, não iriam compreender. ❤️

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