Não me prendam ao pé da cama. Sei muito pouco acerca de ficar no mesmo lugar.
Não me prendam à expectativa alheia. Sei menos ainda acerca de cumprir com o que os outros insistem em trilhar.
Não me prendam à solidão. De quem tem e não vê. Ou de quem vê e não quer. A liberdade à sua mercê. Não me prendam ao lugar comum. Ao vazio. Do estatuto exemplar.
Não me prendam à confusão. De quem tudo quer. Sem nunca tentar.
Não me prendam à paixão rasa de amor. Não me prendam a compromissos sem que todos queiram remar.
Prendam-me ao chão. À terra que me fez crescer. Prendam-me ao mar. Ao sal que acabou por me criar. Prendam-me à profundidade. À vida. Ao luar.
Só não me prendam aos lugares. Onde não Sou. E onde não posso. Verdadeiramente. Amar.
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