Os encontros são assim. Intensos. Falo dos encontros de almas. Companheiras. Falo do inexplicável momento que se sente. Quando nem ainda o olhar se tocou. Falo do beijo que não se deu. Do abraço que não aconteceu. Falo de tudo o que já é, e que deixou de ser. Porque ficou.
Falo da linguagem do amor acima do romance mais genérico. Falo da pompa e circunstância que tem um tempo que não tem horas. Porque lhe param os ponteiro sem demoras. Mas prolongam-se as falas. Os desejos e as memórias. Prolongam-se os sonhos. Partilhados que ainda se ignoram.
Sei tudo acerca de encontros sonoros: nada. Embatem-me as histórias de tempos passados. Sei que no mar se prolonga a terra. E que de resto de ti, sei tudo o que me resta.
E pouco importa o que preciso saber. Quero apenas ter no meu embalo. O privilégio de contigo poder viver. Uma vida. A celebra-lo.
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