Adoro o banal em mim. O despreocupado. As manhãs demoradas. O café de todos os dias. O despertar lento que se rebola na cama. Adoro o vazio de dias cheios de nada. Adoro o vento que não sopra. Adoro quando tudo é igual e comum nas alvoradas.
Adoro os detalhes mais óbvios. As pequenas coisas de todos os dias. Adoro clichês e lugares comuns. Fazem-me saber viver. Feliz.
Adoro as pessoas brandas de si. Que se adoram simples. Por aí.
Adoro saber que preciso de muito pouco para viver a vida com significado. Não fora a vida um privilégio. Em si. Em todo o lado.
Parece que as pessoas se esquecem que para viver bem basta agradecer e, repito, viver. Todos os dias as banalidades. Aproveitar o que tomamos por garantido. Pois é aí que mora a verdade. Para viver, basta-nos isso apenas: viver. Respirar com gratidão. Acordar com amor pelos dias. Abraçar quem nos entusiasma. E seguir por aí a admirar as pequenas bênçãos. Todos os dias.
É um passo a passo determinado de quem decide amar a trivialidade. Pois a magia foi concedida a todos por igual. Mas apenas não chega. A quem não se acha. Um comum mortal.
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