Ás vezes gostava de ter uma família. Outras, não trocaria a minha liberdade solitária por nada. Às vezes gostava de ser mãe. Outras, amo viver de coração solto a pertencer a ninguém. Às vezes gostava de me apaixonar por alguém. Outras, adoro andar simplesmente apaixonada pelo que sou. Às vezes gostava de passar a vida a concretizar tudo o que vem. Outras, só quero não ser, destino de alguém.
Fui aprendendo que a vida tem as suas fases. E que precisamos olhar para ela fazendo as pazes. E retirar a ânsia pelo que ainda aí vem. Fui aprendendo a viver cheia do que tenho. E a relaxar nos objectivos futuros. A compreender, que a vida, é tudo o que se tem. Se passar os meus dias agarrada ao que não gosto, a gastar as horas a sonhar com o que não posso. Perderei para sempre a oportunidade de me encontrar agora. E a viver com intensidade. Tudo o que o que me rodeia e se me dá.
Não há dias felizes sem a certeza de que foram escolha nossa. E que nada lá à frente pode ser tão doce como o agora. Aqui, existe o feliz. Aqui vive o melhor que a vida nos dá.
Por mais sonhos que ainda tenha pela frente, prefiro viver os meus passos com a certeza de que são meus. Que todos os dias fiz o que amava. E que “lá à frente” vai longe demais, para deixar escapar o agora.
Então. Saio para o mundo e vivo. Porque é de vida, que o mundo se faz.
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